terça-feira, novembro 15, 2005

Proud Mirror


Disseste que conhecias o que querias conhecer, sem conheceres o desconhecido em mim.
Eu mostrei-te, sem te mostrar, aquilo que mostro quando me mostro a ti.
Aceitaste o que viste e nem viste bem o que vias.
Eu senti, sem sentido, que sentias o que eu sentia.
E os dois, por não mostrarmos o que cada um sentia, ficámos sem conhecer o
que, entre nós, toda a gente via.

8 comentários:

Anónimo disse...

Hi...
very deep...

Anónimo disse...

so deep you made me cry...

s disse...

agoniante...

Anónimo disse...

solta-te homem!!!!!
liberta o leão que há em ti e deixa de sentir pena de ti próprio...
(sorry for being so rough but i feel you must read this)
és lindo e com muito amor para dar..... não o segures...
"diz que não diz, sente que não sente....."
e a verdade?????
e o tempo que se gasta a pensar se o outro pensa aquilo que nós pensamos que ele pensa...
wow........... que desperdício.... mas ao mesmo tempo necessário.... para perceber isso mesmo....
VERDADE!!!
VIVER!!!
os olhos espelham sempre a verdade! e essa não engana.... é como um filtro que entra cá dentro e nos liberta... nos faz vibrar...
e se estiveres centrado, a tua intuição vai orientar-te e desbloquear a tua maravilhosa energia...
e aceitar essa verdade... por mais crua que ela seja...
muitos dos nossos conflitos resultam de irmos contra a nossa intuição.... e lutarmos contra ela... retrairmos a nossa essência....
VERDADE!...
* +* **++

Anónimo disse...

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

(Fernando Pessoa)

Anónimo disse...

Este inferno de amar - como eu amo!
Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que d'antes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho -
Em que paz tam serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?

Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...

(Almeida Garrett, Folhas Caídas)

Pode não ser como gostaríamos que fosse, mas mesmo assim...é sempre bom sentir...

take care

Anónimo disse...

um verdadeiro artista é aqule que tira fotos destas ;)

Anónimo disse...

Hi,
volta e meia cá estou...
não me canso de ler este...é lindo.
"Eu senti, sem sentido, que sentias o que eu sentia.
E os dois, por não mostrarmos o que cada um sentia, ficámos sem conhecer o que, entre nós, toda a gente via."
Este jogo de palavras tão sentido...mostra tanto com tão pouco...Bjo