quinta-feira, novembro 17, 2005

Carta a um anónimo

Anónimo, escrevo-te esta carta porque te quero dizer o que nunca te disse por nunca ter sido capaz de o fazer.
Sei que não me conheces bem porque são poucas as vezes que falamos. Sei que é difícil para ti aproximares-te, porque não tens coragem para o fazer, e porque nunca fizeram isso contigo. Mas, para dizer a verdade, eu acho que prefiro assim. Prefiro saber que estás perto mas que te manténs distante. Não é por achar que és má pessoa, é por achar que prefiro não conhecer bem a pessoa que és. Conheço pessoas que te conhecem bem e que ao longo do tempo me foram contando historias tuas. Lembro-me de te ver em situações difíceis e da dificuldade que tinhas para lidar com elas. Lembraste daquele dia em que me disseste que não era fácil ser anónimo porque nunca te tinham ensinado a sê-lo? Eu acredito que não seja fácil, mas há coisas que se aprendem sozinho! Preferias não ter de passar por isso. Não é? É desconfortável sentirmo-nos sozinhos e não ter ninguém que nos possa dizer que gosta de nós. E tu? Já experimentaste dizer a alguém que também consegues amar? Não, não precisas de o dizer, basta mostrar. Como? Nos abraços (que não dás), no beijo ( que nunca pediste), nos olhares ( que evitas de fazer)! Em todas estas formas podias mostrar que amas e que gostavas que te amassem.
Às vezes pareces ser de ferro! Não me incomoda saber que podes não gostar de mim, o que me incomoda é pensar que possas fazer por não gostar. Já reparei que és perfeccionista nas coisas práticas da vida. E no amor? Porque é que não tentas ser perfeccionista no amor?
Anónimo, não penses nunca que te quero cobrar atenção. Não, isso não se cobra. Ou se recebe ou não se recebe. Mas tu sempre tiveste a possibilidade de dar, ou não dar, e sempre preferiste não dar. Não te amo porque não te conheço e tu não me conheces porque nunca me quiseste amar!
Pensa que as pessoas não vão estar ao teu lado a vida inteira. Aproveita o tempo que tens, ainda que penses que este te sobra.



Ps- Desculpa se esta minha sinceridade te magoa e se te desilude chamar-te anónimo em vez de te chamar pai, mas, tal como tu, digo o que sinto e chamo-te pelo nome que, para mim, és - Anónimo!

6 comentários:

Anónimo disse...

1 beijo p ti...
take care

Anónimo disse...

Hi...
Enjoy life and forget the wind…
The wind blows the grass, but not to you...
Kiss

Anónimo disse...

the wind blows the grass, but not you...

the wind blows the grass, but not blows you...

puffffffffffff...kisskiss

Anónimo disse...

pssssssst....
your father loves you...
in the best you way that he can...

* ++ **+ * *

Anónimo disse...

I Agree...sometimes can not be the best way...bu it's his way...so enjoy life...with that thought.
A big kiss 4 u

Anónimo disse...

talvez a indiferença nos ajude a seguir em frente,esquecendo a dor e imaginando ter aquilo q nunca tivemos, a palavra amiga que faltou qd nao a ouvimos, ou mm qd a palavra ainda nos ajudava a enterrar-mo-nos mais...

fizest-m ;,,(