sábado, novembro 26, 2005

A meio

É à solidão que sugo a saudade.
É nesta forma estranha de estar –
Impaciente, sem saber se ficar é ou não o elixir
Da nossa paixão – que te sinto cada vez mais longe mas cada vez mais dentro.
É à preguiça dos dias e ao ruído dos ponteiros
Que, prostrado, me despeço do abismo e me lanço num voo picado na direcção
Do nada.
És de areia, da mais fina que há. Passas-me por entre os dedos e deitas-te ali,
Bem no fundo do fundo, de onde não me olhas e não me sentes.
Lança-me então as tuas vidas e deixa que nelas encontre o norte e o sul.
Sobe, vem para cima. Põe-te à altura dos olhos e à distância do beijo,
Porque assim se perpetua o desejo de te querer ter mais dentro e cada vez mais junto.

3 comentários:

Anónimo disse...

Recado

Demonstra com doçura o teu amor,
Num gesto apenas, sem falar, só pensa
O quanto o sentimento é uma presença
Que adorna a vida e a encanta em seu valor.

O orvalho da manhã tem um sabor
De vida nova e uma esperança imensa.
O tempo vai passando e a recompensa\
É igual a um beijo dado com calor.

Procura ser feliz - a vida é leve
Não pára e não dá tempo à indecisão;
É um vento que acalenta enquanto é breve.

O sonho vai passando e na verdade
É uma janela aberta à imensidão
Com gosto de esperança e de saudade.

Fagundes de Oliveira

Mariana disse...

beautiful

Soph disse...

Pequeno Vagabundo... estás em GRANDE!!!

Beijinhoooooooooo