segunda-feira, novembro 07, 2005

Origem dos contrários


Hoje comparei-te com o tempo. Vi que tinham semelhanças, tu e ele. O tempo vem vestido de eternidade e com promessas de ficar. Depois fica e em seguida vai. E como ele, tu apareces adornada dos mesmos trajes e com as mesmas juras. E chegas. E nesse segundo, tal como faz o tempo, chegas, ficas e vais. E quando vais, voltas. E os dois, geminados um do outro, aparecem, estão e partem.
E agora que ambos estavam - foram, e sem avisar voltaram.
Faço então do tempo meu aliado e de ti a minha casa. A ele roubo as horas e transformo-o em espaço e nada. A ti – petrifico-te na memória, embebedo-me num cheiro e sacio-me nesse aroma, para que quando chegares – seres, quando estiveres - ficares, e quando fores - não partires.

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