quarta-feira, novembro 09, 2005

Na paz dos sexos


Este blog visa desenganar todos aqueles que defendem a teoria que afirma que os homens são de Marte e as mulheres são de Vénus.
Desenganar e da forma mais simples, ou não fosse esta uma grandessíssima desculpa para os maus amantes justificarem a falta de jeito para permanecer nas relações por mais de três meses. Sou mais adepto da expressão: as mulheres trazem os pés na terra e os homens a cabeça na lua. E desculpem-me as senhoras que se sentiram ofendidas por não as ter julgado capazes das suas extraordinárias capacidades extraterrestres – que de facto são! Mas este blog destina-se a apontar defeitos e não qualidades.
Temos sempre provérbios e citações que podemos usar nas situações mais complicadas de forma a escaparmos de fininho com o rabo à seringa. Imaginem quando elas vos dizem : “ Mais um bocadinho e comia-la com os olhos” – podem sempre dizer: “ a galinha da vizinha é sempre melhor que a minha”. O que, nesta situação, não vos livraria de levar com a seringa das farturas. Ou imaginem quando eles lhes dizem: “ Só há isto para comer?” – e elas respondem: “ grão a grão enche a galinha o papo” (com certeza ela não se estava a referir à galinha da vizinha). Julgamo-nos sempre desajustados das situações e nas relações – ou não fossem eles de Marte e elas de Vénus. Mas afinal quando é que percebemos que elas é que mandam em Marte e que eles só são felizes em Vénus?
Vamos fazer aqui um pequeno exercício mental. Os opostos atraem-se ou não? Os semelhantes repelem-se? Esperem lá! Se os opostos se atraem, os homens não se deveriam sentir profundamente atraídos pelas mulheres, e vice-versa, e manterem-se juntos intemporalmente? E se os semelhantes se repelem não deveríamos ter especial atenção para um provável instinto assassino nos irmãos gémeos?
Pois é, chega a hora em que nos apercebemos que não há teorias que nos defendam para o facto de não estarmos atentos ao amor. Nem sempre o que luz é ouro e nem sempre o que brilha é prata (gostei deste pequeno apontamento). O que quer dizer que não vale a pena andarmos a adiar a felicidade por julgarmos que já está tudo visto. Deixemo-nos de teorias escritas por génios em “marketing” e que têm como único objectivo lançar mais um “best seller”. Não façamos complexas equações no que diz respeito às relações porque só há uma fórmula para a felicidade – somar-lhe sempre o que é bom e subtrair-lhe tudo o que é mau.

1 comentário:

Bruno Schiappa disse...

Afinal és o Ricardo, eh pá, se tivesses escrito uma linha sobre música eu teria percebido logo :0))
Abraços
BS